★★★★☆
Sinopse:

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?



E então, eu li A Rainha Vermelha. Primeiro eu vi a comoção em cima do lançamento desse livro e meio que ignorei, até chegar a um ponto em que eu tinha que saber sobre o que se tratava e o porquê dessa comoção toda. A sinopse era de um livro bastante promissor e o segmento um dos meus preferidos...distopia! Na verdade uma mistura de distopia com fantasia. 

O livro vai falar sobre uma nação que é dividida pelo sangue: Vermelho e Prateado. Todos os Prateados possuem poderes especiais, cada um com um poder de controlar algum elemento, velocidade, controle da mente etc. E por isso, eles retem o poder sobre os Vermelhos que são meros mortais, humildes, sem expectativa de vida alguma, são basicamente escravos dos Prateados.


Mare Barrow é uma Vermelha e vive dos roubos que faz pra ajudar a sua família de alguma forma, e como ela não tem uma ocupação ao completar 18 anos ela será enviada para o Exército, assim como seus irmãos mais velhos, Bree, Tramy e Shade e seu pai. E ao contrário de sua irmã Gisa e seu melhor amigo Kilorn, que possuem mestres no qual são ensinados a ocupação que vão seguir. Mare já tinha aceitado seu destino eminente no Exército, até que o mestre de Kilorn morre ocasionando o futuro recrutamento dele.  As chances de saírem vivos do Exército são mínimas e ela acaba indo atrás de uma forma de evitar esse destino para ambos.

"(...)É cruel dar esperanças quando não há nenhuma. Geraria apenas frustração, ressentimento e raiva: tudo o que torna a vida ainda mais difícil do que já é."

Em uma noite Mare conhece um rapaz misterioso e graças a ele ela arruma um emprego no Palácio. Ela chega bem no dia da Prova Real, um tipo de competição no qual uma jovem prateada, representante de cada uma das Grandes Casas, demonstra seus poderes com o objetivo de serem escolhidas como a próxima princesa e, consequentemente, futura rainha. Mare sofre um acidente no dia da Prova e só é salva por possuir um poder que ela nunca imaginou ter, afinal ela é Vermelha e só os Prateados tem poderes.

"Fiz todo esse trajeto e de repente estou de volta à arena para assistir aos prateados demonstrarem tudo o que não somos."

E, como toda boa monarquia, as conspirações são inúmeras o que faz o rei ocultar que a Mare é uma Vermelha com poderes e criar uma história apresentando ela como a herdeira perdida de uma Casa já extinta. Claro que Mare é obrigada a cumprir com tudo o que eles dizem, caso contrário não só ela como toda a sua família sofrerá as consequências.

"É um pesadelo. Vou passar o resto da vida presa, forçada a ser outra pessoa. Forçada a ser um deles. Um fantoche. Um espetáculo para manter o povo feliz, quieto e oprimido."

E, como toda boa distopia, temos os rebeldes que cansaram de serem humilhados pelos Prateados e se juntam para atacar a realeza. E diante de tudo isso, Mare tem que saber em quem confiar. Não que ela seja muito inteligente, mas deixo aqui meus pontos por tentativa.

"Todos podem trair todos."

Ainda não consegui formar um personagem que seja meu favorito. Tinham dois no qual eu simpatizava muito, mas a autora me fez o favor de matá-los. Valeu, Victoria! sigochateada

A leitura é fluida e a história é muito bem escrita. Gostei bastante. Mas, na minha opinião, não vale toda essa comoção em cima dele, afinal, o livro nada mais é do que um mix de várias séries e trilogias famosas. Vi muitas relações com Jogos Vorazes, A Seleção, Estilhaça-me e uma ou outra coisa que lembram Game of Thrones e Divergente. Achei algumas coisas muito óbvias também, tão óbvio que chega a dar raiva da protagonista por ser tão idiota!! Mas, no mais, vale a pena ser lido e até tô curiosa pela continuação.


Deixo aqui a barreira de possíveis SPOILERS, pois preciso comentar as semelhanças e alguns fatos do livro. Então, se você ainda não leu pode parando por aqui. E não esqueça de nos seguir no Instagram e nos curtir no Facebook para mais updates.



Bom galera, preciso comentar! Vamos aos fatos:

•Mare é usada como instrumento da revolução, assim como Katniss em Jogos Vorazes. Kilorn, pra mim, é o Gale da história, aquele que você até simpatiza, mas não consegue torcer por ele.
•A Seleção não preciso nem dizer, né? Foi o que eu vi mais semelhanças, principalmente com essa coisa de escolher uma nova princesa em uma competição e toda essa conspiração da monarquia. Sem contar os rebeldes!
•Os poderes da Mare são bem parecidos, se não o mesmo, que os da Juliet em Estilhaça-me. E às vezes ela é tão enjoada quanto. Mas, talvez eu goste mais da Mare. (Preciso ler o último da trilogia Estilhaça-me pra ver se meu conceito muda, porque amei ela no primeiro e odiei no segundo!).
•Se tem uma personagem que faz todas as escolhas erradas, esse alguém é a Tris de Divergente, sério, ela só fazia burrada. E assim é Mare. Sério que ela confiou no Maven? Pra mim tava óbvio!
•E a semelhança que eu vi com GOT foi apenas o fato das principais famílias Prateadas serem divididas em Casas.

Devo dizer que estou receosa do Maven, no fim das contas, ser um Warren da vida. Não tô afim. Enfim, era só isso, precisava desabafar rs.



6 Comentários

  1. Oi Jéssica ^^
    Então, também estou vendo essa comoção em cima do livro, mas o meu desejo de lê-lo é simplesmente pela capa. Sim, eu começo amando um livro pela capa.
    Não sabia que esse livro era uma distopia ou meia, como você citou. Isso me anima ainda mais a querer possuí-lo.
    É muito difícil um escritor se destacar nesse gênero pq sempre haverá comparações Jogos Vorazes ou Divergente, obras que fizeram sucesso imediato.
    Fiquei bastante interessado em saber como agem esses Prateados; mais especificamente os maus. Se eles torturam os Vermelhos e tals.
    Fiquei muito intrigado sobre o que a Mare é. Não minha opinião, tenho quase a certeza que ela é uma híbrida, mas espero ter essa resposta lendo o livro.
    Gostei bastante da sua resenha, Jéssica. Ela foi bem sincera. Parabéns.
    Bjs :*

    http://peregrinodanoite.blogspot.com.br

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    1. Oi Bruno.
      Essa capa é realmente maravilhosa, você não é o único a se entusiasmar com o livro por causa dela, eu, por exemplo, me interessei mais após vê-la e quando indiquei esse livro a um amigo ele só se entusiasmou de verdade a pós ver a capa rs.
      É verdade, em termos de distopia é difícil não comparar com as obras de sucesso, mas nessa história as inspirações da autora são bastante evidentes.
      Posso te adiantar que os Vermelhos sofrem muitas opressões em relação aos Prateados. Quanto a Mare, você terá as respostas ao lê-lo, caso contrário seria um grande spoiler rs.
      Fico feliz que tenha gostado da resenha. Obrigada.

      Bjs!

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  2. Olá,
    Esse livro estava sendo tão aguardado aqui no Brasil que é quase impossível não ficar, nem que seja um pouco, curiosa pela obra. Gostei muito da premissa do livro e, apesar de estar enjoada de distopias, fiquei curiosa. Essa capa é linda.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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    1. Olá Inês,
      É verdade, a expectativa em torno dele estava muito grande, acho que, principalmente, por ele já ter sido vendido aos cinemas.
      Distopia é um dos meus gêneros favoritos, mas no meio de tantos lançamentos distópicos, realmente acabamos vendo mais do mesmo.

      Bjs!

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  3. No começo eu estava muito interessada nesse livro, mas depois de ver vários comentários negativos acabei deixando essa vontade de lado.
    Muitas amigas minhas leram e se decepcionaram
    quem sabe mas pra frente eu tente

    Mil beijocas
    ⋙ ♥ Blog Livros com café

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    1. Olá Pepi,
      O livro não é ruim, acho que vale a pena ser lido, mas não com grandes expectativas porque ele não é isso tudo. Acho que o problema do negativismo em relação a ele, foi toda a expectativa gerada em torno dele.

      Bjs!

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