(Resenha) Perdida - Carina Rissi

★★★★☆
Sinopse:

Sofia vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz. Ela é independente e tem pavor à mera menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são aqueles que os livros proporcionam. Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa ou se isso sequer é possível. Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida pela família Clarke. Com a ajuda do prestativo e lindo Ian Clarke, Sofia embarca numa busca frenética e acaba encontrando pistas que talvez possam ajudá-la a resolver esse mistério e voltar para sua tão amada vida moderna. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Mas deixo aqui as minhas sinceras congratulações à Carina Rissi. Sério. Ela não é nada menos que incrível! A leitura fluiu de uma forma que eu simplesmente devorei o livro e fiquei bastante arrependida por não ter comprado "Encontrada" e "Destinado" juntos.

Perdida conta a história de Sophia, uma garota extremamente ligada a tecnologia e a comodidade que ela traz e que não acredita no amor.

"Eu não entendia  o que levava uma pessoa lúcida a se casar. Se bem que a maioria não parecia gozar de plena sanidade quando estava apaixonada."

Sophia tem um chefe horrível e está em um dia péssimo no trabalho. Pra completar, sua melhor amiga a chama para a comemoração de uma nova fase de sua vida - morar junto com o namorado - no qual Sophia não tem tanta certeza se está feliz com isso. Ela acaba bebendo demais e acaba perdendo o celular dentro da privada do bar.

Como toda a sua vida estava no celular, no dia seguinte ela corre para a loja mais próxima a fim de comprar um novo. Afinal, quem consegue viver sem a praticidade de um smartphone? E é aí que começa a confusão. Sophia compra um aparelho - de uma vendedora muito suspeita - e, ao ligá-lo, acaba sendo transportada para outro lugar.

"(...) Foi então que percebi que algo estava diferente. Muito, muito diferente! Olhei em colta com assombro. Meus olhos procuravam por qualquer coisa familiar. Qualquer coisa que deveria estar ali. Que deveria estar ali e não estava!"

Ian é um lindo e jovem cavalheiro que ajuda Sophia e a leva para sua casa a fim de ajudá-la. Ele acha que ela foi assaltada - afinal, o que mais explicaria uma jovem perdida usando trajes tão indecentes? Sophia acha que está sonhando pu que está tendo algum evento a fantasia especial na cidade - bom, qual seria o motivo daqueles homens estarem usando aquelas roupas e andando de carruagem?!

"(...)Tinha que ser um pesadelo! Que outra explicação haveria? Demência?"

Sophia recebe uma ligação da tal vendedora no qual ela diz que Sophia voltará assim que encontrar o que procura. Ao se dar conta de que nada daquilo é um sonho, nem que está ficando louca, Sophia tenta descobrir como voltar para o séx XXI.

Nesse meio tempo ela tenta se adaptar a um mundo sem as facilidades do desenvolvimento, sem energia elétrica, água encanada e...banheiro. E Carina não nos polpa de uma boa dose de diversão. Afinal, como uma garota do séc XXI, acostumada a todas as comodidades e com modos totalmente diferentes vai se virar no séc XIX?

"(...)Depois de usar a casinha, vou precisar de...- parei de falar, esperando que ele compreendesse e completasse minha sentença. Torci fervorosamente para que a história dos sabugos fosse apenas lenda. -Ah, isso! É para isso que serve aquele pé de alface ali no canto. Todos os dias algum criado coloca algum fresco."

E claro, temos a parte do romance entre Ian e Sophia. Ian é um típico cavalheiro de seu tempo e é exatamente o tipo de homem que Sophia tanto lia em seus romances de época. Ao mesmo tempo em que eles se aproximam e o relacionamento deles começa a se desenvolver, Sophia tenta lutar contra esses sentimentos. Ela sabia que iria voltar a seu tempo de uma forma ou de outra, então porquê dar asas a sentimentos que no final acabaria por machucar a todos?

"(...) Ele tinha razão. Existia um nós - eu não sabia desde quando, mas existia. E era forte!Tão forte que, talvez me quebraria em duas quando eu voltasse para casa. E eu sabia que voltaria, sentia que voltaria. E meu coração se despedaçaria."

Bom, o resto da estória vocês tem que ler pra saber. Só digo que é incrível, é lindo, é divertido. Carina nos transporta a um mundo de bailes, romances e diversão. Já virei fã da escrita dela e já estou com uma lista de próximas aquisições da autora.

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