★★★
Sinopse:
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette.
Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor.
A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

"Esperança. É como uma gota de mel, um campo de tulipas florescendo na primavera. É chuva fresca, uma promessa sussurrada, um céu sem nuvens, a pontuação perfeita no final de uma frase. 
E é a única coisa no mundo que me mantém em pé."

Demorei a tomar coragem pra fazer essa resenha, por que, diferente do primeiro livro, esse eu achei bem maçante! Se em Estilhaça-me eu tinha a visão da Juliett como a menina frágil, porém forte, por passar por tudo o que ela passou e ainda aguentar, em Liberta-me eu agarrei ódio dela!

Mas não levem a mal, se você ainda não começou essa trilogia, mesmo com o resultado não tão positivo do segundo livro, o primeiro e o 1.5 valem mais do que a pena. E como eu não vou resenhá-los aqui, farei um breve comentário sobre cada um.

Estilhaça-me valeu cada uma das cinco estrelas que eu dei pra ele. Todas as ações de medo e insegurança por parte da Juliett são justificáveis, mas mesmo com todos os medos e todas as ações contra ela, ela sempre demonstra o lado dela forte, que quer lutar contra o que estão impondo a ela. Amei tudo pelo o que ela e o Adam passaram.

Em Destrua-me (1.5) nós vemos a versão do Warner, o vilão da história. E volto a dizer que também valeu cada uma das cinco estrelas que eu dei. Nele a gente conhece o outro lado do Warner e percebe que ele não é tão vilão assim. Confesso que não queria começar a gostar dele, mas fica impossível depois que você conhece o outro lado da história dele. É fascinante!

Agora voltando a Liberta-me, um dos personagens que mais gostei nesse livro foi o Kenji. Conhecemos um pouco mais dele e da sua história. Ele conseguiu se tornar meu personagem favorito, adoro o senso de humor, sempre fazendo piadas nas horas mais trágicas. Apesar do ser comportamento sempre despojado ele também tem seu lado sério, e graças a ele a Juliette é posta em seu devido lugar e começa a acordar pra vida.

"(...)Tudo o que faz é ficar sentada e pensar em seus sentimentos. Você tem problemas. Ó, coitadinha. (...) Seus pais a odeiam e você tem que usar luvas pelo restante da vida porque mata as pessoas ao tocá-las. Quem se importa?

(...)Pare de chorar. Pare de sentar no escuro contando rodos os seus sentimentos e sobre sua trizteza e solidão. Você não é a única pessoa do mundo que não quer sair da cama pela manhã. Não é a única com o papai e um DNA gravemente estragado. (...) Faça uma escolha e pare de desperdiçar o tempo de todo mundo. Pare de desperdiçar o sem tempo. (...)"

Amo Juliette e Adam, mas nesse segundo livro da trilogia eles ficaram um pouco massantes, digo isso porque surgiram problemas que estão impedindo que eles fiquem juntos. Porque não teria, né? Mas enfim, o mimimi entre os dois é tão grande que você acaba se cansando. Ok, entendi todas as ações da Juliette em proteger ele, mas se tivesse um pouco menos de drama, a história seria melhor.

"E-eu queria (...), eu queria não precisar fugir. Eu queria conseguir amá-lo menos."

Estou oficialmente dividida entre shippar Adamiette ou Warriette. Help! Sério, eu estava com muito medo dela terminar com o Warren, agora não sei se seria algo tão ruim.

"(...)Ele tem covinhas.
Ele é, sem dúvida, a coisa mais bonita que já vi.
E eu queria nunca tê-la visto.
Porque alguma coisa dentro do meu coração está se rasgando e parece medo, fere como o terror e tem gosto de pânico e ansiedade e eu não sei como entender a imagem à minha frente. Não quero ver Warren assim. Não quero pensar nele como nada além de um monstro."

Bom, eu estava dividida entre dar 3 ou 4 estrelas, mas nunca poderia dar menos de 4 devido aos capítulos finais, que é onde a história realmente da uma guinada e fica emocionante. A guerra entre o Ponto Ômega e o Restabelecimento, descobertas sobre o passado de Warren e Adam (no qual me encontro de boca aberta até agora). Os acontecimentos finais fizeram valer a pena toda a enrolação e mimimi do início e parte do meio do livro, e graças a isso fiquei ansiosa e curiosa em saber o final. Li muitas críticas boas em relação ao último livro, dizendo ter superado os anteriores, espero que minhas expectativas sejam alcançadas.




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